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Ninguém se apaixona depois de velho?

  • Foto do escritor: Saulo Marzochi
    Saulo Marzochi
  • 31 de ago. de 2016
  • 1 min de leitura

Outro dia uma amiga postou a seguinte frase no facebook: -“E quando seu ex-marido te diz que ninguém se apaixona depois de velho?” Achei curioso. De que tipo de paixão estamos falando? Daquela que acontece na adolescência, platônica, pelo simples fato de que tudo é novidade, pois ainda não havíamos vivido nada? O amor também chega na infância - E todos às vezes acabavam gostando da mesma garota, e duelavam com gravetos para impressioná-la, numa demonstração da natureza humana selvagem em pleno recreio. E os sintomas físicos da paixão ainda não compreendida pela criança e pelo jovem, que ainda não sabem se é dom ou doença - se realizam e traumatizam. Tendemos então a aprender a lidar com a paixão ao longo da vida, até pra ficar longe de seus sintomas? De fato a maturidade e a vivencia tentarão lhe domesticar. Com o passar do tempo tendemos a ficar cada vez mais céticos com tudo. Ao contrário da sensação de unicidade da adolescência, na vida adulta as rimas dos outros ficam cada vez mais fáceis, as ideias e as melodias parecem já nascer plagiadas. A capacidade de ver originalidade em tudo dá lugar ao ceticismo de que não há mais nada de novo abaixo do sol, porém desenvolvemos a capacidade de enxergar e perceber beleza e valores onde aparentemente não existiam, alem de discernir aqueles que realmente importam. É mais difícil se apaixonar depois dos trinta? Se levarmos em conta que talvez seja necessário sempre o mínimo de ingenuidade para se apaixonar, e que essa ingenuidade diminui com o tempo, assim como o cálcio em nossos ossos, possivelmente.


 
 
 

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