Jose Mayer e a difícil condição dos portadores de pênis
- Saulo Marzochi
- 5 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Hoje recebi algumas mensagens para que eu comentasse o caso Jose Mayer. Não entrarei no mérito deste artista que a vida inteira exerceu papeis românticos, mas que parece não ter aprendido nada com seus personagens. Explicarei a questão fazendo um recorte estritamente masculino e heterosexualesco, sem ‘e claro me solidarizar com o ator novelistico.
Todos querem o que não podem, e quando já se tem fama, fortuna, prestigio, só falta mesmo comer a estagiaria. E quem nunca ouviu falar das ninfetas destruidoras de família? Existem clássicos da literatura, do qual o próprio Jose Mayer interpretou, em nossa versão de Lolita, ou seria Anita... (Com Mel Lisboa). Jose Mayer poderia conquistar qualquer mulher que desejasse, principalmente nos países onde circulam suas novelas com seus personagens canastroes de sempre, (com sua forma única de atuar). Poderia inclusive pagar por algumas delas, escolher no catalogo, atrizes inclusive, mas como num filme de Woody Allen, (em que o miche contratado por Sharon Stone broxa ao vê-la, pois esta mais do que apaixonado pela viúva do rabino - que ‘e careca e desdentada), preferiu o que parecia impossível, a figurinista. Aquilo que não se tem de bandeja.
– “Somos todos Susllen!” Gritam agora as feministas em busca de likes, ou os artistas militantes que abraçam a primeira causa que vêem na frente. Um grande momento auto-promocional para agregar valor a suas marcas ou personas, porem sem levar em conta o fundamental: o machismo começa nas entrelinhas da educação familiar. Se da em casa mesmo, quando o irmão sai de fininho, deixando os pratos e panelas todos sujos na pia pra irma ou a mãe lavarem. Como se não fosse trabalho de menino, simplesmente ajudar. Floresceu então uma geração de mimados e doidos de pedra. Eles matam os pais com facada, chacinam seus colegas de escola com fuzis e esquartejam a namorada grávida, dando os pedaços pros cachorros. Nas relações conjugais deixam a cueca pra mulher lavar, e acham que dar ‘e obrigação.
Mas por que Jose Mayer, que poderia ter todas as mulheres que desejasse, precisava da figurinista? Parece muito fácil falar de pênis quando não se tem um, como comumente abordam as ativistas. Vivemos uma época de insatisfação generalizada, de depressão masturbatória. O corpo orgânico evolutivamente parece não acompanhar o lado pensante. E assim sempre foi difícil para o homo sapiens controlar seu penis erectus. ‘E bom lembrar que na idade da pedra ninguém era intolerante a lactose, todo mundo trepava mais e era mais feliz.
Quando falo de ativistas incluo as feministas paranoides, independentemente de serem lésbicas ou não. Elas vivem destacando o quanto ‘e difícil ser mulher e bla-bla-bla... Elas parecem nos invejar por podermos mijar a distancia. Diametralmente, raramente vejo homens se lastimando sobre o quanto pode ser complicado ter um pênis - e frustrante. Para o pênis, a cabeça de cima ‘e um ser retrogrado e legalista, funcionando como policia de filho adolescente. O pênis, dorminhoco ou latejante, ‘e sempre lembrado do abismo que há entre imaginar e fazer, e mesmo quando faz, de certa forma esta a imaginar. Meu ex-cunhado sempre dizia que no mundo das vaginas e dos pênis não existem regras, não há idade, raça, cor, nível intelectual, e pessoas que você jamais imaginaria já se comeram.
O pênis tão invejado pelas feministas, e, contrariamente ao que pensam, não ‘e um troféu, mas uma criatura sacana, quase autônoma, que pode dar muito trabalho e vergonha. Eternamente insaciável, esta sempre acusando a cabeça de cima de não aproveitar a vida. “-Carpe diem!” Disse o pênis. Como se soubesse das coisas mais do que eu aqui em cima...
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