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Prova de cidadania

  • Foto do escritor: Saulo Marzochi
    Saulo Marzochi
  • 23 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

Eu não sou vegetariano nem vegano, e também não admiro quem seja, nem tenho raiva de quem faz marketing honesto disso. Também não me incomoda quem se considera superior por ser vegano ou vegetariano. Mas acho ridículo post de bicicleta elétrica e objetos feitos de bambú em redes sociais, assim como lactovegetarianos, que não sabem que as vacas de leite sofrem muito mais que as de corte, tendo como seu subproduto o Baby Beef, um bezerro deprimido atrofiado e desnutrido, que fica perto da mãe mas não pode tocá-la, nem consumir seu leite instintivamente. Acho esse nome Baby Beef escatológico, ainda por cima conhecendo o meio de produção. Não se pode negar, por outro lado que ser vegetariano por indução política é também típico de grandes cidades, onde há mais desconhecimento sobre o meio agropecuário e suas culturas. Mas a ideia de modo geral é pertinente, de que se não adianta mudar o mundo através do voto, podemos melhora-lo tornando nosso padrão de consumo mais consciente.

Já tentei ficar sem comer carne durante quatro dias, e numa noite sucumbi, sonhei que era um vampiro. Não sei porque Deus me fez fera, sem esquecer desses caninos. Mas acho ridículas determinadas adaptações como torresminhos de soja e churrascos veganos de berinjela queimada, assim como brownies sem glutem, sem lactose e com gosto de terra, engolidos em seco como prova de cidadania. No final das contas, as pessoas que comem Baby Beef são as mesmas que votaram ou votariam em Donald Trump.


 
 
 

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