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A guerra contra as drogas

  • Foto do escritor: Saulo Marzochi
    Saulo Marzochi
  • 24 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

A guerra contra as drogas é milhões de vezes mais nociva e mais dispendiosa do que os possíveis efeitos colaterais que ela mesma pode provocar. É fácil entender e nem precisa desenhar. A humanidade usa drogas há pelo menos 70 mil anos, e podemos comprá-las em cada quarteirão. Quem usa sempre sabe onde comprar. Por que não tentar tratar e educar nossos drogados, de modo que não precisem se esconder para estar acessíveis ao tratamento? Droga se combate com amor e atividades: carinho, esportes, ofícios. Em Paris, a cerveja é bem mais forte, o metrô tem cheiro de vômito, todo mundo pede cigarro sem filtro na rua, e acha isso lindo, normal. Os parques e praças também são vomitados, cheios de traficantezinhos marroquinos. O álcool está aí impune, e em relação aos carros, tem suas formas de controle. Vamos deixar de hipocrisia a parar de sepultar policiais e crianças! Vamos parar de incentivar a bandidagem que assume o lugar que a drogaria deveria assumir. Lembre que foi Getúlio que criminalizou a cocaína e a maconha para puxar o saco dos norte-americanos, sem o menor respaldo científico e sociológico, fechando as glamourosas casas de ópio e pharmácias com PH. Legalizar é muito mais fácil do que obrigar todo mundo a deixar de consumir. Quem lucra com essas guerra?Traficantes e vendedores de armas.

Os pais tem a ilusão de que conhecem e controlam seus filhos. A proibição não impede que seus filhos tenham acesso as drogas, pelo contrário, eles vão se esconder e se expor para consumir, podendo ser sequestrados em um buraco quente, ou tomar uma bala perdida ao visitar a boca de fumo. Eles poderão ser presos, se flagrados, e terão de subornar policiais, alimentando também a indústria da propina. Eles consumirão drogas de péssima qualidade, pagarão muito mais caro por elas, afetando ainda mais a saúde. E todo mundo eventualmente experimenta alguma droga proibida ou controversa ao longo da vida. Pois para algumas pessoas a vida parece não ser suficiente, um buraco não preenchido, esta sensação de incompletude, ou pura vontade de curtição, que faz com "os remédios normais nem sempre amenizem a pressão". Desejar que todos virem caretas da noite pro dia através de uma campanha da rede globo é pura ilusão, assim como achar que Gloria Perez ensina traficante na novela. Como se precisasse, né...


 
 
 

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